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%0 Report
%4 sid.inpe.br/mtc-m21c/2020/07.22.12.12
%2 sid.inpe.br/mtc-m21c/2020/07.22.12.12.48
%T Análise de dados oceanográficos e de comportamento animal no oceano austral obtidos a partir de plataformas de coleta de dados (pcds) instaladas em mamíferos marinhos
%D 2012
%9 RPQ
%P 22
%A Trevisan, Mariana Borba,
%A Souza, Ronald Buss de,
%A Muelbert, Mônica Mathias da Costa,
%@affiliation Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
%@affiliation Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
%@affiliation Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
%@electronicmailaddress mari.trevisan@hotmail.com
%@electronicmailaddress ronald@dsr.inpe.br
%@electronicmailaddress monica.muelbert@furg.br
%I Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
%C São José dos Campos
%K oceanografia, comportamento animal, Oceano Austral, Plataforma de coleta de dados, mamíferos marinhos.
%X Este trabalho tem como objetivo principal estudar o comportamento biológico do elefante-marinho do sul (Mirounga leonina) e sua relação com as condições oceanográficas do Oceano Austral. O estudo é feito através da instalação de plataformas de coleta de dados (PCDs) em fêmeas dessa espécie. As PCDs contêm mini-CTDs (condudivity-temperature-depth) que gravam perfis de temperatura, salinidade e pressão durante os mergulhos realizados por estes animais. Após o registro, os dados são enviados para os satélites NOAA que operam com o sistema ARGOS. Como os elefantes-marinhos do sul são animais que realizam mergulhos profundos (espécie topo de cadeia trófica do Oceano Austral), os dados obtidos pelas PCDs servem para caracterizar as massas dágua da região onde os animais se deslocam. Os dados oceanográficos e de localização usados nesse trabalho foram obtidos a partir de 24 fêmeas de elefantes-marinhos que foram equipadas com PCDs na Ilha Elefante, porção norte do arquipélago das Shetland do Sul nas proximidades da Península Antártica, Antártica, durante os verões austrais de 2008 e 2009. Os dados oceanográficos associados à posição geográfica e data foram coletados desde janeiro de 2008. Os sensores de salinidade, temperatura e pressão recolhidos pelos mini-CTDs são comparáveis a instrumentos de medição oceanográfica tradicionais, e fornecem informações importantes do meio ambiente ao mesmo tempo em que permitem o acompanhamento do comportamento destes animais com alta resolução espacial e temporal nas regiões onde trafegam. No presente momento do estudo foram escolhidas duas fêmeas instrumentadas no ano de 2008, que foram selecionadas devido às diferenças em suas rotas de exploração e forrageio. Na rota da fêmea CT 44 foram analisados 7392 perfis de mergulho e da fêmea CT 45, 9898 perfis. As fêmeas foram instrumentadas em seu período pós-muda da pelagem, a CT 44 pesava 435 kg, e transmitiu dados durante 278 dias, já a CT 45 pesava 281 kg, e transmitiu dados durante 281 dias. A CT 44 partiu da Ilha Elefante para área de forrageio na Baía Marguerite cruzando o Estreito de Bransfield. Sua média de duração de mergulho foi de 32,9 minutos, e o tempo máximo de mergulho foi de 95,25 minutos, com desvio padrão de 13,3. A média de profundidade de mergulho foi de 333,2 metros, e a profundidade máxima de 2108,8 metros, desvio padrão 144,11. A CT 45 partiu da Ilha Elefante em direção a mar aberto, possível local de forrageio, retornou meses depois para região de quebra de plataforma de gelo. A média de duração de seus mergulhos foi de 22,3 minutos, a duração máxima foi de 68,25 minutos, desvio padrão de 9,7. A profundidade média de mergulho foi de 374,9 metros, e o máximo de 1128,8 metros, desvio padrão de 243,7. Nota-se que as profundidades médias ficaram em torno de 340 m para as duas fêmeas e a duração dos mergulhos foi de 32,9 minutos para a CT 44 e 22,3 minutos para a CT 45. No trabalho de Bennett et al (2001), utilizando dados de 12 EMS instrumentados na Ilha Geórgia do Sul, as profundidades de mergulho tiveram uma média de 363 m e a duração média destes mergulhos ficou em 22,2 min. Em comparação com estes padrões, as fêmeas CT 44 e CT 45 instrumentadas na Ilha Elefante, apresentaram média de profundidade pouco abaixo da que foi vista para animais instrumentados em Geórgia do Sul. A média de tempo de mergulho da CT 45 foi semelhante, mas a média de tempo da CT 44 foi muito maior do que a vista naqueles animais, com aproximadamente 10 minutos a mais. A CT 44 partiu da Ilha Elefante e seguiu rumo à região da Baía Marguerite, seu local de forrageio. A maior média de tempo gasto em mergulho por esta fêmea se deve a maior produtividade desta região em comparação a área de forrageio em mar aberto escolhida pela CT 45. Esta diferença pode ser vista na média diária de profundidade de mergulho alcançada por cada fêmea em sua área de forrageio no mês de junho de 2008 representada pelos gráficos da figura 1. Na Figura 01 também podemos observar o ciclo diário de seus mergulhos, mais profundos durante o dia em comparação com os realizados durante a noite. Fazendo a comparação entre as rotas escolhidas pelas fêmeas concluí-se que a CT 44 encontrou maior disponibilidade de alimentos sobre a plataforma, onde é interessante mergulhar por mais tempo a procura de alimentos. Sua máxima permanência submersa superou os 90 minutos, considerado próximo do limite observado por Hindell et al., (1992).
%@language pt
%3 Mariana Borba Trevisan.pdf
%O Bolsa PIBIC/INPE/CNPq


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