\documentclass[a4paper,12pt]{article} \usepackage[english,portuguese]{babel} \RequirePackage{ae} \usepackage{lmodern} % para permitir o copiar/colar com acentuação no pdf \begin{document} Os eventos de tempestades geomagnéticas produzem perturbações na eletrodinâmica, dinâmica e química da atmosfera. A modelagem é uma ótima ferramenta para entender estes fenômenos, os quais afetam as comunicações e a navegação. Esta Tese pretende modelar os efeitos das tempestades geomagnéticas na ionosfera de regiões equatoriais e baixas latitudes. Para isto, usa-se o Sheffield University Plasmasphere Ionosphere Model no INPE (SUPIM-INPE), no qual são feitos experimentos numéricos com diferentes modelos de campos elétricos (derivas) e de ventos perturbados. Os resultados obtidos são comparados com os valores observados pelas digisondas de Jicamarca, São Luís, Fortaleza, Tucuman, Cachoeira Paulista, Concepción e Ascencion Island. Inicialmente o modelo é avaliado para períodos geomagneticamente calmos. Como parâmetros de entrada de SUPIM são usados o fluxo solar ionizante fornecido por dois modelos (EUVAC e SOLAR2000), o vento neutro fornecido pelo modelo HWM93, a deriva vertical fornecida por dois modelos (S-F e F08), a deriva medida pelo radar de espalhamento incoerente de Jicamarca (JRI), a deriva deduzida a partir de magnetômetros ($\delta$H) e a deriva deduzida a partir da taxa de variação temporal da altura da região-F (\emph{dhF/dt}). Assim, escolhem-se os parâmetros com os quais se consegue reproduzir melhor as observações e obtêm-se algumas considerações prévias para quando modelar os dias geomagneticamente perturbados. Para a simulação durante os dias de tempestades geomagnéticas, trabalha-se com dois eventos para os quais existem medições de JRI (17-18/04/2002 e 9-10/11/2004) e dois eventos onde não existem medições de JRI (29/10/2003 e 7-8/10/2004). Para separar os efeitos do campo elétrico dos do vento neutro, trabalha-se primeiramente com as estações equatoriais e depois com as estações de baixas latitudes. Adiciona-se às simulações com as derivas usadas anteriormente, os resultados obtidos das simulações com a deriva deduzida a partir do campo elétrico interplanetário e com as medidas do radar JULIA. Os resultados são consistentes com as observações quando se usam os diferentes tipos de deriva e isso possibilita estabelecer uma hierarquia entre elas. Quando não existem medições de JRI pode-se usar a deriva deduzida a partir de magnetômetros ou a deriva medida pelo radar JULIA e, na falta destas, pode-se utilizar a deriva deduzida a partir de campo elétrico interplanetário. Após a escolha do campo elétrico perturbado adequado para a região equatorial trabalha-se com as estações de baixas latitudes, onde tenta-se introduzir o efeito de um vento neutro perturbado que permita reproduzir as observações. Depois de simular diferentes configurações de ventos perturbados para Cachoeira Paulista durante a tempestade do 29/10/2003, conclui-se que uma perturbação em forma de onda viajante propagando-se de Norte para Sul consegue simular satisfatoriamente as variações das observações de foF2 e hmF2. Esta mesma configuração de vento perturbado serviu para simular os parâmetros ionosféricos de outros locais do setor brasileiro (São Luís e Fortaleza). \end{document}.